Olá e
Paz do Senhor a todos! Estou aqui mais uma vez para desenrolarmos mais um
episódio de escatologia. Vamos agora ver, estudar e analisar as sete cabeças
que constituem a Besta do apocalipse, aqui há muita sabedoria, que requer um
pouco de esforço para compreender nas entrelinhas da história o agir de Deus em
todas as eras. Do Egito à Roma, o povo de Israel e o Oriente Médio sempre foram
oprimidos por grandes impérios: as sete cabeças da Besta.
Gostaria
de iniciar dizendo que primeiramente a Besta é histórica, ou seja, ao longo de
milênios ela subsiste na forma de diferentes impérios, mas com o mesmo espírito
e natureza (Ap 17:8,11). Cada rei com o sei Império, tipifica um tipo de
Anticristo, que na literatura escatológica será líder do pior inimigos de Israel
no fim dos tempos, é importante analisar cada característica dos reinos e de
seus líderes para chegarmos ao oitavo, pois assim não cairemos em erros que
insistem em se levantar para confundir o povo de Deus.
Império Egípcio c. 1700-1280
Surge a Besta, a primeira cabeça.
O Império Egípcio era marcado por seu politeísmo |
Muitos
são conhecedores da história de José, narrada a partir de Genesis 17, onde
relata que seus irmãos, por inveja e ciúmes, o venderam para uma caravana que
estava passando. José enfrentou vários problemas até que foi parar como
governador de toda a terra do Egito.
Os
hebreus chegaram ao Egito por conta de uma grande fome que se alastrara no
Oriente Médio, então a família de José foi ao Egito em busca de alimento e lá
encontraram o irmão que fora desprezado. José como era alguém de alto cargo
favoreceu a sua família e então os hebreus se tornaram importantes em toda a
terra do Egito, historiadores relatam que os hebreus chegaram a ser tratados
com nobreza e até convidados de honra dos egípcios, pois eram vistos como Israelitas,
servos de Deus, o Deus que livrou a terra do Egito. Vários hebreus migraram
para o Delta do Nilo e lá prosperaram e não regressaram à Canaã.
As
gerações foram passando e José caindo no esquecimento, os egípcios começaram a
invejar aquela comunidade de imigrantes, então mais tarde os hebreus se
tornaram escravos do Império Egípcio. O Faraó Ramsés II, que não conhecia José,
obrigou a construir Ramessés, uma cidade-armazém (Ex 1:11) além de que eles
eram tratados como escravo, “os egípcios
obrigavam os israelitas ao trabalho, e tornavam-lhes amarga a vida com duros
trabalhos: a preparação da argila, a fabricação de tijolos, vários trabalhos
nos campos, e toda espécie de trabalhos aos quais os obrigavam. ” (Êxodo
1,13-14), os hebreus também foram usados para construir edifícios grandiosos.
Mas o povo hebreu continuou crescendo até que foi tomada uma providência de
matar todos os nascidos homens das comunidades hebreias deixando apenas as
meninas.
Nesse
ponto Deus começou a intervir, e levantou Moisés para libertar o seu povo que
antes no deserto era livre e autônomo e agora no Egito eram escravos. A partir
daqui começa toda a história do Êxodo que é de conhecer de quase todos, Israel
sai do Egito em se estabelece em Canaã.
O
Egito afrontava a Deus com sua religião politeísta baseada em feitiçaria,
astrologia e idolatria em que adoravam a uma Serpente, o deus
Apófis ou Apep. Coincidência? E então Deus o abateu, e com braço forte colocou
o Império no pó.
Império Assírio
A Besta continua viva, agora com duas cabeças.
Os assírios eram conhecidos por sua crueldade. Na imagem: relevo assírio encontrado em Nimrud. |
Notas
importantes para a leitura: Favor não confundir a Síria com a Assíria.
Reino do Norte: Israel
Reino do Sul: Judá
Quando
Salomão se tornou rei de Israel, o seu modo de governar não agradou as tribos
do Norte, por isso o país se dividiu em dois reinos, o Reino do Sul: Judá e
Benjamim e o Reino do Norte: as demais tribos.
O
Reino do Norte e do Sul coexistiram por muitos anos, ora como aliados ora como
inimigos. A Síria oprimia Israel, muitas vezes destruindo fazendas próximas as
fronteiras, mas uma potência se levantava a noroeste: a Assíria.
Israel
se aliou à Síria em 734 a.C. para invadir o reino do Sul e cercou Jerusalém. O
rei Acaz de Judá, contra o conselho do profeta Isaías, pede ajuda para a
Assíria e o reino se torna vassalo do Império, debaixo de um jugo pesado e
passa a pagar tributos anuais.
A Assíria dominou e depois destruiu a Síria, e
por algum tempo Israel não precisou se preocupar com inimigos. Mas essa falsa
paz estava para acabar, Israel se rebelou contra a Assíria e em 722 a.C.
Samaria, capital do Norte, foi conquistada pelos assírios, em três anos os
assírios devastaram completamente o país. Seus habitantes foram exilados e o
Reino do Norte deixou de existir. O livro deuterocanônico do Antigo Testamento,
Tobias, traz uma ficção didática acerca das provações de Tobias em Nínive nesse
tempo. O Reino de Judá demorou mais tempo para sentir a opressão dos assírios,
por conta de ser mais fiel a Deus.
O rei
Ezequias sucessor de Acaz, tentou restaurar a independência e não mais ser um
estado vassalo e pagar tributos, e então em 701 a.C Senaqueribe cercou
Jerusalém e o Sul teve que se submeter novamente a Assíria.
Extensão do Império Assírio |
Finalmente,
em 612 a.C, Nínive capital do Império cai, esse fato foi jubilado pelo profeta
Naum.
Assim
como o Egito, a Assíria, uma vez usada para castigar o povo de Deus, resolveu
afrontar o Eterno, o rei Senaqueribe tentou conquistar Jerusalém e dominar o
povo judeu, mas Ezequias rei de Sul e seu conselheiro, o profeta Isaías
encorajaram o seu povo a confiarem no Senhor, ver 2 Cr 32:7-8.
O
infeliz rei assírio fez guerra psicológica aos judeus, os oprimindo e enviando
um ultimato, vide 2 Cr 32:11,13-14. O profeta Isaías consolou seu povo nesse
tempo: “Ó povo meu, que habitas em Sião, não
temas a Assíria, quando te ferir
com a vara, e contra ti levantar o seu bordão a maneira dos egípcios; porque
daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação, e a minha ira servirá para consumi-los.
E o Senhor dos exércitos suscitará contra
ela um flagelo”. Então o exército assírio cercou Jerusalém e
gritaram aos judeus blasfêmias ao Deus dos céus, dizendo que o Deus dos judeus
não os poderia livrar.
Deus como cumprimento das profecias e respostas das
orações de Ezequias e Isaías, em uma noite, sem nenhuma flecha ou arma, mandou
um único anjo e morreram 180.000 homens do exército assírio. Aleluia!!!
Senaqueribe morreu ao entrar num templo pagão e seus irmãos, frustrados com as
batalhas, o assassinaram.
Embora
Deus castigue Israel e Judá, Ele nunca os abandonou. Mas ainda não era o alívio
de Israel, a queda da Assíria significaria que ou o Egito ou a Babilônia
dominariam a Terra Santa.
Império
Babilônico
A Besta está mais
forte, agora com três cabeças.
Jardins suspensos da Babilônia |
Quem
não conhece a famosa história da Grande Babilônia e do seu majestoso rei
Nabucodonosor? Quem nunca ouviu falar dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma
das sete maravilhas do mundo antigo? É possível dizer sem nenhum medo que a
Babilônia é o Império mais citado na Bíblia. A partir daqui o Céu se movimenta
de forma nunca vista antes, pois nesse ponto da história começam as
antecipações, profetizadas por Isaías, para a Vinda de Cristo e as preparações
para a Segunda Vinda, como nos mostra Daniel.
Nosso
estudo também vai ficar mais resumido, por conta do vasto acervo encontrado na
Bíblia e em outros livros acerca dos reinos que se seguirão, foram muitos os
feitos da Babilônia e dos reinos, relatá-los em poucas linhas é impossível.
Judá e
Israel, livres do Império da Assíria, continuavam a pecar e desrespeitar a lei
de Deus, o Egito e a Babilônia surgem como potências no Oriente Médio, em 606.
a.C a Babilônia conquista Israel e de lá deporta para o Império, artistas,
estudiosos importantes, escribas e sábios para auxiliar o reino. Judá continuou
provocando problemas para a Babilônia e em 597. a.C um grupo maior foi exilado,
dentre eles o profeta Ezequiel. Mas em 587. a.C, Nabucodonosor sitiou Jerusalém
e expatriou um grande número de judeus, destruiu a cidade, o Templo, roubou
ouro, prata e pedras preciosas e todos os utensílios do Templo. O rei Jeoaquim
de Judá perdeu o seu reino e Judá foi obrigado a ser tributário da Babilônia, o
exército de Babilônia arrasou política, moral e espiritualmente o reino de
Judá, Babilônia os dominou por mais de quatro décadas. Enquanto que Israel foi
humilhado passando de nação próspera à tributária! O cativeiro durou 70 anos,
cumprindo cabalmente a profecia de Jeremias (2Cr 36:21).
O
profeta Ezequiel ainda mantinha acessa a esperança de regressar a Jerusalém,
mas quando ouviu que a cidade fora destruída começou a pregar consolo e
confiança em Deus.
No livro de Daniel é relatado o famoso sonho do rei Nabucodonosor (Dn 2:1),
o sonho da estátua que representava os quatro reinos que antecederiam o do
Messias (Dn 2:31-45), o Império Babilônico, Persa, Grego e Romano. Também é
relatado a visão de Daniel no capítulo 7 do livro. A Babilônia é a cabeça de
ouro da estátua e o leão da visão de Daniel.
A estátua do sonho de Nabucodonosor e sua destruição prefiguravam a história do mundo que se seguiria. |
Como é
de praxe em nosso estudo, mais uma vez um reino afronta a Deus, a Babilônia
antes, cálice de ouro na mão do SENHOR (Jr 51:7), usada por Deus para destruir
nações e executar os seus planos, estava prestes a ser abatida.
Nabucodonosor,
um rei temente a Deus, morreu em 562. a.C, então Evil-Merodaque, seu filho
sucede-o ao trono babilônico. Merodaque foi assassinado pelo cunhado
Neriglissar, mas quem assumiu o trono foi Naborido, genro de Nabucodonosor.
Naborido era pai de Belsazar que se tornou corregente do reino três anos mais
tarde.
O
reino estava passando por dificuldades, e enquanto seu pai, Naborido, estava em
uma guerra para tratar de interesses do reino, Belsazar fazia um festim. Belsazar
era profano, vaidoso, devasso e cruel, e deu uma festa aos oficiais do reino no
palácio babilônico, embriagado ele mandou trazer para a festa os utensílios do
Templo que seu avô Nabucodonosor, trouxe como espólio de guerra, Belsazar os
queria para serem usados no banquete em honra aos deuses.
Em
meio a uma orgia cheia de prostitutas e muito vinho, homens corruptos e impuros
tocavam e bebiam nos objetos do Templo, era uma orgia com o que era Santo!
Belsazar foi longe demais, escarneceu de Deus e do seu povo.
A
resposta divina foi imediata! Uma mão misteriosa apareceu e escreveu uma
mensagem na parede, a festa na hora parou e todos ficaram assustados. O profeta
Daniel foi o único capaz de decifrar o código que a mão escrevera na parede:
Deus havia decretado a morte de Belsazar e a ruína para sempre da Babilônia!
Naquela
noite fatídica, logo que foi concedido a Daniel o lugar de terceiro no reino,
depois da interpretação, em uma mudança repentina do cenário internacional,
Belsazar foi morte e o exército de Dario entrou na cidade de Babilônia. O
exército medo-persa, vindo do Sul, rechaçaram a Babilônia e então a Grande
Babilônia passou a ser parte do Império Medo-Persa. Deus se mostrou como
soberano sobre a Terra e que Ele é quem está no controle de todos os reinos! Como
profetizado por Isaías e Jeremias: Caiu! Caiu! A Grande Babilônia!
Extensão da Babilônia |
A Grande Babilônia simbolizada por um forte Leão com asas. |
Império Medo-Persa
A Besta se torna implacável, com suas quatro cabeças.
Império Grego de Alexandre |
O
Império Grego simboliza o leopardo de quatro cabeças e quatro asas da visão de
Daniel e o ventre de bronze do sonho de Nabucodonosor.
A
tensão no tempo do império grego é maior, por que o Messias prometido desde
Genesis está prestes a nascer, os judeus já voltaram para a sua terra,
Jerusalém foi reconstruída e o tempo continua correndo contra a Besta.
Alexandre,
derrotou a Pérsia e conquistou todos os povos em seu caminho. Não iremos nos
deter no reino de Alexandre, mas na visão de Daniel dos quatro animais, a
Grécia era o leopardo com quatro asas. Como profetizado, em 323 a. C Alexandre
morre na Babilônia aos 33 anos de idade e como não teve um sucessor, o
gigantesco Império Grego foi dividido entre os seus quatro generais: Cassandro,
Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.
Cassandro
reinou na Macedônia; Lisímaco reinou na Trácia e Ásia Menor; Seleuco reinou na
Síria e no restante do Oriente Médio e Ptolomeu reinou sobre o Egito. É a
partir dessas divisões que Israel começa a sofrer, ocorreu uma sucessão de
guerras por território entre esses quatro reis, principalmente entre o Egito e
a Síria, o reino do Norte e do Sul.
Império Grego dividido. |
O
território da Terra Santa ficou sob o reinado dos Ptolomaicos por um século,
depois o Norte, na Síria e o Egito, no Sul, se puseram em conflito acerca da
Judeia. Antíoco III, rei selêucida, derrotou o Egito em 198 a.C. e tomou posse
da Judeia. Uma geração depois, o rei selêucida Antíoco IV (Guarde esse nome), tomou apropriado ele mesmo escolher
quem sucederia ao sacerdócio, acabando e destruindo a tradição de oito séculos
do sacerdócio zadoquita (os filhos de Zadoque). Judeus mais devotos e assíduos
se revoltaram contra Antíoco IV por ter profanado a lei de Israel, não demorou
muito até a paciência de Antíoco IV acabar, o rei se irou contra as
inquietações de Jerusalém e frustrado com a derrota que tivera do Egito, em 168
a.C, Antíoco IV marchou violentamente para Jerusalém, se ele antes proibiu o
sacerdócio zadoquita, o pior estava por vir.
Esses
são os feitos de Antíoco Epifânio IV contra Jerusalém, contra Israel e contra
os judeus:
-
Cercou Jerusalém e massacrou 40.000 judeus.
-
Para mostrar sua raiva pela religião judaica e ao Deus dos Céus, entrou nos
Santo dos Santos, o lugar mais sagrado para Deus.
-
Decretou que o Templo de Deus, seria agora o templo de Zeus
-
Construiu um altar para Zeus em cima do altar do Templo
- Sacrificou uma porca,
animal repudiado pelos judeus, no Santo
dos Santos e derramou o seu sangue em todo o Templo como forma de
profanação (a abominação desoladora)
-
Proibiu a circuncisão
-
Retirou e proibiu a posse da Lei e do livro da Lei, sob pena de morte
-
Proibiu a religião judaica a trocando pela pagã
-
Proibiu a guarda do sábado
-
Por pura maldade, perseguiu mil judeus no sábado, sabendo que eles não poderiam
correr nem se defender, e então matou-os.
-
Forçou a família de um escriba de elevada posição, chamado Eleazar, a comer
carne de porco, ele, a mulher e os sete filhos se negaram a quebrar a Lei de
Deus, então Antíoco IV mandou, um após o outro, que tivessem a língua cortada e
os dedos das mãos e dos pés amputados e por fim foram lançados num tacho
fervente.
-
Se proclamou a encarnação de Zeus, até que se considerou acima de Zeus e do
Deus de Israel e de todos os outros deuses.
Esses
foram alguns dos terríveis feitos de Antíoco IV, sob domínio do império grego,
esse homem mal é considerado a tipificação suprema do verdadeiro Anticristo,
por que pelas suas mãos NUNCA houve tão grande abominação em Israel!
A Grécia dividida sob a ilustração de um leopardo com quatro cabeças e asas. |
Império Romano
A Besta não impediu o nascimento do Messias, a sexta cabeça
ficou furiosa, agora combate dois inimigos: judeus e cristãos.
A grande urbanização da capital mostrava a grandeza do Império. Visão panorâmica da cidade da Antiga Roma. |
Roma
simboliza o animal aterrorizante e cruel da visão de Daniel e as pernas de
ferro do sonho de Nabucodonosor.
Diferente
de todos os outros impérios, Roma deixou os judeus escolherem para eles um
príncipe (no tempo de Jesus era Nicodemos) e exercer sua justiça através do
Sinédrio, Herodes, o Grande, reconstruiu o Templo. Foi sob o domínio romano que
Jesus nasceu, cresceu, morreu e ressuscitou.
Antes
de tudo, a primeira grande perseguição de Roma foi contra o próprio Jesus, em
que Satanás tentou matar o Filho de Deus (Mt 2:13).
Vamos
ver a perseguição da Besta contra os cristãos e depois contra os judeus:
Cristãos:
Depois que o cristianismo se espalhou pelo império que era totalmente
politeísta e adorava ao imperador, Roma os odiava, pois, os cristãos negavam a
existência de muitos deuses, a divindade do imperador, pregavam que escravo
tinha alma e que a mulher tinha alma também. A doutrina cristã foi como uma
bomba para o império, que começou a perseguir os cristãos, ênfase nas
perseguições de Nero.
Roma
praticou muitas atrocidades contra os fiéis a Jesus, tantas que dizê-las aqui
seria irrealizável. Milhares de mártires foram massacrados por Roma. Não iremos
entrar na parte da história em que o cristianismo se tornou a religião oficial
do império, não é cabível, aqui, nesse estudo de escatologia. Se o império
grego fez muito mal aos judeus, Roma fez aos cristãos.
Judeus:
Os judeus sempre quiseram se tornar independentes de Roma, era interpretado por
muitos judeus, especialmente do partido dos zelotes que o sucessor do rei Davi
derrotaria Roma, a primeira revolta judaica contra Roma, ocorreu em 66 até o
ano 70. A paciência do império contra os judeus se esgotou, então o Templo e
Jerusalém foram destruídos, muitos judeus e cristãos fugiram da Terra Santa,
como profetizado por Jesus.
Em 73 houve em Massada um suicídio em massa de
judeus. O comandante romano Tito levou os tesouros do Templo para Roma como
espólio.
Tito
era perverso e enganou os judeus, ele disse: ” se vocês quiserem entrar na
cidade para celebrar a páscoa, vocês podem”, então quando milhares de judeus
entraram na cidade, as portas foram fechadas e todos morreram de fome. Tito
dominou Jerusalém e sobre o monte do Templo construiu um templo ao deus pagão
Júpiter. Assim como Antíoco IV, Tito também profanou o Templo, ele fez uma
estátua para si e ordenou que alguns soldados entrassem no Santo dos Santos e
ali sacrificassem a ele, era a segunda abominação desoladora.
Em
135, com a revolta liderado por Simão Bar Kokhba, o imperador Adriano destruiu
Jerusalém e sobre ela edificou uma cidade helênica, mudando o seu nome para
Élia Capitolina, os judeus foram proibidos de entrar na cidade, que agora era
vigiada por uma legião especial.
Os
judeus foram enviados para uma diáspora, que abrangeu a Europa, o Norte da
África e o resto da Ásia. O império romano “cristianizado” acusou os judeus de
aliados do diabo, por terem matado Cristo e então a perseguição aumentou em
todo o império.
Roma persegui os judeus mais do que nunca, vejamos o
historiador francês Gerald Messadié no livro História Geral do Antissemitismo:
"Os romanos não toleravam o culto judaico a um Deus único nem costumes
como o shabat”. Como dito, a situação piorou com a conversão do imperador
Constantino ao cristianismo, no século 4. Em 325, o Concílio de Niceia da
Igreja Católica acusou os judeus pela morte de Jesus, o que serviu de base para
o mito medieval de que tinham poderes sobrenaturais e eram comandados do diabo.
Nas terras da Roma cristã católica, os judeus foram proibidos de exercer
funções públicas, ter empregados e se casar com não judeus. Daí que as
Leis de Nuremberg, promulgadas em 1935, do partido nazista tiraram as suas
influências.
Por conta de muita corrupção e uma economia essencialmente
escravista, os bárbaros invadiram o império, e em 476 da nossa era o império
romano do ocidente tem o seu fim.
Roma na figura de um animal indescritível e mal. |
E agora, onde está a sétima cabeça? Você deve estar pensando:
Já sei, foi Roma Papal, que considerava os judeus demoníacos! Mas eu te digo: quem
disse que a queda do Império Romano se deu por completo? Vejamos as profecias
bíblicas:
As sete cabeças... são também sete reis... Ap 17:9-10.
Interessante não acha? As sete cabeças não são apenas reinos
ou impérios, são também sete Reis. Se são também reis, então uma cabeça só pode
deixar de existir se o seu rei também deixar de existir! É a lógica. Mesmo se
um reino, em parte, acabar e seu rei estiver ativo esse reino ainda não acabou.
Isso aconteceu no Império Grego, em que Alexandre morreu, MAS seu reino foi
dividido em quatro partes diferentes, houve sucessão, o império continuou a
existir.
Mas Roma? Houve sucessão em Roma? O império não caiu em 476 d.C.?
A resposta é sim e não! Em 395 d.C. Roma se dividiu em
Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente, embora ROMA OCIDENTAL
caiu, a parte Oriental continuou de pé até o fim da idade média.
Extensão máxima do Império Romano e o mesmo divido em Oriente e Ocidente.
O que aconteceu quando o Ocidente caiu? O império mudou-se
para o Oriente e sua capital passou a ser Constantinopla.
Que revelação!!! Roma ainda não tinha acabado, a cabeça
estava viva!
Roma Oriental durou até o ano de 1453, quando os turcos
tomaram a sua capital, Constantinopla. Seguindo a lei das sete cabeças, que
também são reis, na tomada de Constantinopla o último rei romano Constantino XI
Paleólogo foi morto, então o Império acabou.
Sua morte marcou o fim
definitivo do Império Romano, que continuou no leste 977 anos após a queda do Império Romano do Ocidente (Nationalism
and territory: constructing group identity in Southeastern Europe, George W.
White, Rowman & Littlefield, 2000, pp.124, grifo meu.)
Como visto na citação acima, o império ainda
era vivo, e com a queda de Constantinopla, o fim cabal de Roma foi dado. A
queda do Império romano foi estrondosa e agonizante para todo o mundo
ocidental. Marcada por sinais, a tomada de Constantinopla foi prenunciada por
um eclipse lunar, quando os turcos cercaram a cidade, os bizantinos acreditavam
que a cidade iria resistir enquanto a lua brilhasse no céu (Guillermier, Pierre. Total Eclipses:
Science, Observations, Myths, and Legends). A lua não brilhou, e no dia
seguinte uma forte chuva de granizo arrasou a cidade, Constantinopla chega ao
fim.
Como observado,
todos os reinos que caiam eram sucedidos por outros, do Egito até Roma, a Besta
se caracteriza como uma série de império que dominavam o Oriente Médio, mas e
agora onde está a sétima cabeça? Aqui é onde muitos erram e por isso não
compreendem as profecias.
Nossa história tem o mal de ser Ocidental, por isso só nos é mostrado
Roma Ocidental. Que reino sucedeu a Roma Oriental? Os turcos! Sim, a sétima
cabeça estava ali, agindo, silenciosa e ninguém a tinha notado. É uma questão
de lógica bíblica. Constantinopla passou a ser dos turcos enquanto que o
Império turco só crescia.
|
O que é por completo a Besta de sete cabeças?
Fiquem na paz e que a
Graça de Deus os tornem fortes para tudo quanto for trabalho de Cristo.
|
Excelente síntese de como os 7 impérios/reis,que representam a besta, ao longo da história agiram contra os judeus e por último tb contra nós cristãos!Ansiosa pelos estudos do sétimo império!Parabéns!Shalom!
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